Sua ficha técnica traz como vantagem o SSD de altíssima velocidade, som 3D e uma placa de vídeo que, apesar de possuir menos núcleos do que a da rival, promete trabalhar mais rápido. Vale lembrar que o preço e a data de lançamento no Brasil de ambos permanecem um mistério. Abaixo, o TechTudo explica essas diferenças e quais são os impactos que você pode esperar. Veja também os recursos que o Xbox Series X tem e que o PS5 fica devendo.

Quatro especificações que o Xbox Series X tem e que o PS5 fica devendo

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A Sony deixou claro que parte do esforço de desenvolvimento em torno do PS5 foi focado na criação de um SSD poderoso. O objetivo é que o componente supere em larga escala o que os melhores PCs oferecem atualmente. Para isso, a unidade do novo PlayStation pode atingir velocidades de troca de dados com o sistema de 5,5 GB/s em dados brutos ou entre 8 e 9 GB/s de dados comprimidos.

Em termos de comparação, o Xbox Series X – que também oferece um SSD especial e que promete fazer bonito diante dos PCs – fica em 2,4 GB/s para dados em estado bruto, ou 4,8 GB/ para dados comprimidos. O PS5 tem potencial para ser 129% mais rápido do que o concorrente, ou seja, uma diferença bastante significativa.

Em relação ao aproveitamento, espera-se que os SSDs eliminem os intervalos longos de carregamento de jogos, além de contribuírem para uma melhor performance. A expectativa é de que artefatos e falhas de carregamento de elementos gráficos e texturas acabem na geração mais recente dos videogames. Outro efeito dos SSDs é a abertura de novos paradigmas em termos de design de games, já que criadores não precisam mais encaixar seus projetos dentro das velocidades bastante limitadas dos discos rígidos, usados até aqui.

A placa de vídeo do Xbox promete ser melhor: tem mais unidades computacionais – 52 contra 36 do PS5. Por isso, o componente da Microsoft tende a ter uma capacidade computacional bruta de processamento bastante superior ao que o PlayStation 5 oferece.

Apesar disso, a musculatura do processador gráfico não é definida apenas pela quantidade de componentes, mas também pela sua velocidade. O clock máximo da placa gráfica do PS5 é de 2,23 GHz – bastante superior aos 1,825 GHz do Xbox.

A diferença pode dar algumas vantagens ao PlayStation 5, como um maior pixel fillrate. Vale citar que essa métrica refere-se à velocidade em que o processador gráfico pode gerar pixels e gravá-los na memória. Como é mais rápida, a placa do PS5 deve fazer mais operações por segundo – trunfo que pode ter efeitos importantes na tarefa de competir com a placa mais musculosa da Microsoft.

Outro aspecto que foi alvo da preocupação dos engenheiros da Sony é a qualidade de áudio. A fabricante explica ter desenvolvido um novo processador apenas para tomar conta das tarefas relacionadas à reprodução de som. O Xbox Series X também promete som 3D – o que não surpreende, já que o Xbox One atual oferece compatibilidade com Dolby Atmos e DTS:X.

Em relação ao PS5, não há como saber o nível de qualidade oferecido pela solução da Sony, mas a ideia é permitir que qualquer tipo de dispositivo possa emitir som de maior fidelidade. A vantagem é que o usuário não precisa gastar muito dinheiro em fones compatíveis com Dolby Atmos, ou em caixas de som extras para compensar as limitações da TV.

Em um exemplo, Mark Cerny, o arquiteto responsável pela criação do PS5, explica que uma comparação seria o som de chuva hoje, em um jogo: o que você ouve atualmente é o áudio comprimido da chuva. Com a tecnologia do PS5, desenvolvedores poderiam garantir que cada gota tenha sua fonte de som própria, criando um ambiente de áudio mais imersivo e realista.