Outra questão estratégica é a reanimação na parada cardíaca, ou seja, a manobra de ressuscitação cardiopulmonar. Devemos promover a devida importância ao suporte básico de vida, incluindo reanimação cardiopulmonar precoce e uso de aparelhos de desfibrilação externa automática pela população. O artigo mostra que a sobrevivência – no cenário da morte súbita ou parada cardíaca – melhorou substancialmente nos últimos dez anos através de um uso mais amplo e eficaz da cadeia de sobrevivência.

Na última década, a mortalidade relacionada com parada cardíaca diminuiu em Paris, causada por uma quase triplicação da taxa de sobrevivência. A implementação mais frequente de estudos e o treinamento da população em suporte básico de vida, reanimação cardiopulmonar e uso de aparelhos de desfibriladores externos são responsáveis pelo resultado melhorado. A taxa de sobrevivência na alta hospitalar foi de 67% durante o último período de estudo.

Por lá, enormes esforços foram feitos para reduzir o fardo do parada cardíaca. As duas principais estratégias utilizadas para este fim, reanimação e prevenção, foram amplamente implementadas durante a década anterior.

Porém o que chama atenção é que durante a prática esportiva, ter uma equipe treinada e o desfibrilador externo automático causou impacto muito positivo no tratamento e no prognóstico dos pacientes.

Medidas como sessões educativas foram organizadas, treinamentos, a conscienciatização da população no seu papel importante na gestão inicial da parada cardíaca, assim como ter e os desfibriladores de acesso público e em vários locais.

Na França, uma legislação autorizou a utilização de desfibriladores pelo público leigo desde 2007. O estudo mostrou uma melhoria dramática na gestão inicial da parada cardíaca por testemunhas. Os resultados mais significativos foram observados em instalações desportivas, onde foram realizados grandes esforços no que diz respeito à educação pública e à implantação de desfibriladores, levando a uma taxa notável de 90% de reanimação cardiopulmonar testemunhada e a uma taxa de sobrevivência que excedeu 75% a sobrevivência hospitalar.

A incidência de parada cardíaca e morte súbita permaneceu estável durante a última década, enquanto a sua carga de mortalidade diminuiu significativamente, com um aumento de três vezes na taxa de sobrevivência, principalmente através da melhoria da reanimação. Estes resultados positivos devem encorajar esforços semelhantes para melhorar a reanimação no mundo todo para os atletas e a população geral. Todos devem saber identificar uma parada cardiorrespiratória, saber as manobras de ressuscitação e ter desfibriladores disponíveis.