Perigo. Sem relógio, os cabos de energia estão soltos no campo

Não bastasse a redução de quase 10% no valor do convênio entre a prefeitura e a Liga de Desportos de Betim, dirigentes e jogadores estão sendo obrigados a conviverem com a sujeira dentro de campo. A situação alarmante que se vê nas ruas da cidade também é realidade nas praças esportivas. Os jovens que treinam semanalmente no campo localizado no bairro Alvorada, e que sonham em se tornar jogador de futebol profissional, precisam driblar não só os adversários, mas também o mato alto que tomou conta do local. Além disso, de acordo com os dirigentes que são responsáveis por equipes da região, a prefeitura, após a inauguração da iluminação do campo, em maio de 2013, deixou a responsabilidade de arcar com as contas de luz para os clubes.

Segundo o coordenador da escolinha do Alvorada, Vágner de Araújo Souza, 45, são pelo menos 120 alunos treinando duas vezes por semana. Para ele, a palavra descaso já não explica a situação que eles são obrigados a viverem no campo. “Quando a gente procura a prefeitura, sempre somos tratados com descaso. Penso que isso é falta de educação do poder público com as crianças e adolescentes que buscam praticar esporte. E o mato alto não está apenas dentro de campo. Ao redor, quando a bola cai do lado de fora, é complicado de achar”, disse o dirigente.

Souza também criticou a atitude da prefeitura em relação à iluminação do campo. “Eles só vieram aqui na inauguração. Depois disso, não nos perguntaram nada sobre como estava o campo. Quatro meses depois, a energia foi cortada e o relógio foi retirado pela empresa que fornece a eletricidade. Eu procurei o secretário de Esportes, mas ele não me deu nenhuma resposta sobre o caso”, concluiu.