De acordo com o presidente do clube, Nereu Martinelli, o clube fez o que pôde para que o gramado estivesse na melhor condição possível, apesar das chuvas que não dão trégua há 45 dias. O estádio é do município de Joinville, mas o JEC assume a manutenção e espera melhorar a situação para os próximos dois jogos que tem no Brasileirão, contra o Vasco (dia 22) e Grêmio (em 6 de dezembro), pela última rodada.
Fora das quatro linhas há muito barro e poças profundas (Foto: João Lucas Cardoso)
- A área externa parece um pantanal. Chegamos a aplicar 20 carrinhos de areia para dar amenizada. Fizemos de tudo para deixar o gramado o melhor possível e com alguma condição. Assim como faremos para terminar o Campeonato Brasileiro nas mínimas condições – disse Martinelli.
Para garantir que assim seja, o dirigente máximo do JEC pensa em meios de fazer com que o gramado seja utilizado o mínimo o possível, embora não seja do Joinville Esporte Clube a propriedade do estádio, mas da prefeitura. Entre as alternativas está evitar partidas entre times amadores da cidade.
Água fica presa no gramado da Arena Joinville (Foto: João Lucas Cardoso)
- Não quero ser duro com times amadores, mas não queria tornar a Arena com gramado impraticável ao futebol até o fim do ano. A liga local quer fazer as finais no estádio, mas precisamos preservar o gramado para não temos consequências mais sérias. Serão apenas 60 dias para tentar melhorar a condição para o ano que vem, em que teremos outras competições além do estadual e brasileiro, como Copa do Brasil e jogos da equipe sub-20. Gastamos em assistência técnica mais de R$ 30 mil para cuidar do gramado. A Arena nunca esteve tão ruim quanto agora – disse.
O mandato do presidente do JEC será concluído até o próximo ano. Dificilmente Nereu Martinelli executará em sua gestão um desejo: a reforma por completa do gramado da Arena Joinville. Porém, ele pensa nela. Tanto que chega a cogitar que a melhor alternativa poderia ser a grama sintética, como pretende fazer o Atlético-PR.
Funcionário reforça a linha demarcatória do gramado (Foto: João Lucas Cardoso)
- O correto, com tempo, seria trocar o gramado. Mas talvez não tenhamos outro lugar para mandar nossos jogos. Eu, como sócio, não concordaria que o Joinville jogasse em outra cidade. O nosso gramado não está adequado ao clima da cidade. Chapecoense e Criciúma trocaram todo o gramado faz pouco tempo, e uma hora isso terá de ser feito na Arena Joinville. Para mudar o gramado precisaríamos de autorização do município. Se tivéssemos tempo e dinheiro, a ideia seria trocar por uma grama sintética, pelo clima que há em Joinville. O Atlético-PR chegou a ver um gramado especial e bom, mas precisaria de autorização. Se assim fizéssemos, teríamos alguns anos com a garantia de não precisar mudar. O clima na cidade tem disso, de chover por mais de 40 dias seguidos. É algo para se pensar para o futuro.