Fifa sede Zurique — Foto: Reuters
A Fifa anunciou nesta quinta-feira medidas para proteção das jogadoras em especial às que se tornam mães. De acordo com o comunicado, o objetivo é dar novos padrões mínimos globais para as mulheres, particularmente em relação à maternidade. De acordo com o presidente da entidade, o crescimento da modalidade traz também uma evolução em temas vitais ligados ao feminino.
- Após o recente crescimento fenomenal e o sucesso sem precedentes da Copa do Mundo Feminina da FIFA na França no ano passado, o futebol feminino está entrando em seu próximo estágio de desenvolvimento. Portanto, também temos que adotar uma estrutura regulatória que seja apropriada e adequada às necessidades do jogo feminino - disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino.
As medidas incluem regras principais como licença maternidade obrigatória de pelo menos 14 semanas, com um mínimo de dois terços do salário assegurado à jogadora. No retorno ao trabalho, os clubes devem reintegrar as jogadoras e fornecer suporte médico e físico adequados. Nenhuma jogadora deve sofrer uma desvantagem em consequência da gravidez, garantindo assim maior proteção no emprego para as mulheres no futebol.
As medidas ainda incluem a presunção de que um contrato rescindido pelo clube neste período é devido a gravidez ou licença maternidade. O clube é obrigado a provar que a dispensa não tem relação com a maternidade, caso contrário a jogadora recebe uma compensação extra igual a seis salários além do valor restante do contrato. A atleta terá liberdade para decidir se continua jogando ou não, desde que sua saúde, avaliado de forma independente, permite que ela o faça.
- As jogadoras estavam pressionando por essas melhorias e é bom ver que a FIFA ouviu a voz dos jogadoras - disse o Secretário-Geral da FIFPRO, sindicado mundial de jogadores e jogadoras, Jonas Baer-Hoffmann.
De acordo com o Relatório de Emprego de 2017 da FIFPRO, apenas 2% das jogadoras tiveram filhos enquanto 47% disseram que deixariam a profissão mais cedo para começar uma família, citando a falta de provimento de cuidados infantis como um motivo importante para parar. As reformas passarão por aprovação do conselho da Fifa em dezembro de 2020.