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Quinta, 19 Novembro 2020 07:36

Fifa anuncia medidas para proteção às jogadoras que optam pela maternidade; FIFPro celebra evolução

Fonte/Escrito por  Cíntia Barlem/globoesporte.globo.com
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Fifa sede Zurique — Foto: Reuters

Fifa sede Zurique — Foto: Reuters

A Fifa anunciou nesta quinta-feira medidas para proteção das jogadoras em especial às que se tornam mães. De acordo com o comunicado, o objetivo é dar novos padrões mínimos globais para as mulheres, particularmente em relação à maternidade. De acordo com o presidente da entidade, o crescimento da modalidade traz também uma evolução em temas vitais ligados ao feminino.

- Após o recente crescimento fenomenal e o sucesso sem precedentes da Copa do Mundo Feminina da FIFA na França no ano passado, o futebol feminino está entrando em seu próximo estágio de desenvolvimento. Portanto, também temos que adotar uma estrutura regulatória que seja apropriada e adequada às necessidades do jogo feminino - disse o presidente da FIFA, Gianni Infantino.

As medidas incluem regras principais como licença maternidade obrigatória de pelo menos 14 semanas, com um mínimo de dois terços do salário assegurado à jogadora. No retorno ao trabalho, os clubes devem reintegrar as jogadoras e fornecer suporte médico e físico adequados. Nenhuma jogadora deve sofrer uma desvantagem em consequência da gravidez, garantindo assim maior proteção no emprego para as mulheres no futebol.

As medidas ainda incluem a presunção de que um contrato rescindido pelo clube neste período é devido a gravidez ou licença maternidade. O clube é obrigado a provar que a dispensa não tem relação com a maternidade, caso contrário a jogadora recebe uma compensação extra igual a seis salários além do valor restante do contrato. A atleta terá liberdade para decidir se continua jogando ou não, desde que sua saúde, avaliado de forma independente, permite que ela o faça.

- As jogadoras estavam pressionando por essas melhorias e é bom ver que a FIFA ouviu a voz dos jogadoras - disse o Secretário-Geral da FIFPRO, sindicado mundial de jogadores e jogadoras, Jonas Baer-Hoffmann.

De acordo com o Relatório de Emprego de 2017 da FIFPRO, apenas 2% das jogadoras tiveram filhos enquanto 47% disseram que deixariam a profissão mais cedo para começar uma família, citando a falta de provimento de cuidados infantis como um motivo importante para parar. As reformas passarão por aprovação do conselho da Fifa em dezembro de 2020.

Lido 2135 vezes (acessos) Last modified on Quinta, 19 Novembro 2020 15:40