Vadão deixou o cargo de técnico da seleção feminina depois da participação nas Olimpíadas do Rio – o Brasil foi eliminado nas semifinais para a Suécia. Desde então, aposta no retorno ao futebol masculino para dar sequência à carreira. O treinador teve algumas sondagens em China e Emirados Árabes, mas nenhum negócio foi adiante. No Brasil, atualmente, ainda espera que o mercado se aqueça. Vadão não acredita que a passagem por cerca de dois anos no feminino tenha contribuído para o atual momento na carreira e causado prejuízo. O tempo sim pode ter sido o problema.
- O problema não é ter trabalhado no feminino. O problema é ficar fora do mercado onde alguém ganhou espaço, novos técnicos apareceram. O primeiro passo é voltar de depois volta ao normal. Não influencia ter trabalhado no feminino e sim o tempo – disse Vadão ao blog Dona do Campinho.
O exterior até foi um local cogitado, mas as propostas não foram adiante. Vadão comenta que nos Emirados a barreira foi a época do ano já que a temporada termina em março.
- Apareceram algumas coisas quando sai da seleção e não quis pegar para não me precipitar. Aí apareceu um negocio na China. Aqueles meio enrolados e acabou não deu certo. Apareceu Emirados e não deu certo. Não quiseram contratar estrangeiros. A temporada termina em maio e eles pegaram um local. Mas muita gente começou a falar que eu ia para China e isso prejudicou. Algo que não foi algo verídico.
Agora fora do cenário do futebol feminino, o treinador analisa qual a principal mudança que notou saindo depois de dois anos. Para ele, as estruturas seguem as mesmas e abaixo do preciso, mas a modalidade está mais em pauta.
- Muita coisa falta. Eu percebi que está se falando mais do futebol feminino. Está sendo mais falado. Mas ainda a estrutura continua a mesma. O presidente do Santos falando em trazer a Marta. Aqueceu mais o futebol feminino. O aquecimento já é importante. Isso engrandece – disse Vadão, que deixou o comando da seleção para que Emily assumisse no final de 2016.