Terminou nesse domingo (15), com a vitória do Sarzedo, a edição número 56 da Copa Itatiaia.
Este torneio reúne as 16 melhores equipes de BH e as 16 mais cotadas da Região Metropolitana.
A promoção é da Rádio Itatiaia, que dá ao torneio um tratamento profissional, com divulgação e estrutura. A final no Independência se repete a cada ano com o estádio cheio.
A Copa Itatiaia é jogada a partir das férias coletivas do futebol profissional e dá lazer a um lado carente do nosso colar metropolitano.
A várzea tem sido esquecida pelas autoridades, no âmbito municipal e estadual. A preservação dos campos se tornou um drama dos poucos clubes que ainda possuem espaços. O mercado imobiliário pressiona, a prefeitura aperta o cerco e mais atrapalha do que ajuda.
Lendo uma entrevista concedida pelo nosso Secretário de Esportes, o Bebeto de Freitas, brotou uma leve esperança de que alguma coisa pode e deve mudar. O futebol amador não precisa de grandes verbas, e sim de algumas coisas pontuais que não custam muito, como vestiários, alambrados e segurança.
A construção de uma meia dúzia de “Baleiões” mudaria a cara do futebol amador de forma definitiva, criando nas comunidades carentes áreas de convivência e lazer para os jovens.
Um trabalho de resgate dos grandes clubes amadores do passado seria bem-vindo com todo um suporte da FMF e, agora, da Secretaria de Esportes.
O que passou, passou. Agora é pensar em criar uma nova mentalidade, dando a essa brava gente da várzea condições de sobrevivência.
O espírito da Copa Itatiaia tem que durar o ano inteiro. Quem viu os jogos da última edição é testemunha de que estamos pedindo muito menos do que a várzea merece.