A luta das jogadoras da seleção norte-americana feminina de futebol por igualdade salarial e de premiações em relação ao time masculino se arrastou por mais de um ano. Nesta quarta-feira, enfim, teve seu desfecho. E com final feliz.
A Associação das Jogadoras e a Federação dos EUA (US Soccer) chegaram a um acordo de negociação coletiva que deve garantir aumentos nas premiações e bônus às atletas da seleção nacional, além de diárias iguais às da seleção masculina, melhorias nas condições de viagem e hospedagem e maior suporte a jogadoras grávidas ou em processo de adoção. Direitos de licenciamento e patrocínio também devem ser incluídos.
A US Soccer também continuará pagando os salários das jogadoras da seleção que disputam a Liga nacional (NWSL), desde que elas se comprometam a jogar o torneio. Isso, no entanto, não impede que jogadoras “dividam” a temporada atuando em outras ligas, como Carli Lloyd, que foi para o Manchester City, e Alex Morgan, atualmente no Lyon. Ambas devem voltar à NWSL em junho.
“Estou muito orgulhosa do empenho que a equipe demonstrou durante todo o processo”, disse a meia Megan Rapinoe, uma das líderes do movimento ao lado de Lloyd, Morgan, Becky Sauerbrunn e Hope Solo. “Embora eu pense que ainda há muito a ser feito para nós e para as mulheres em geral”, ponderou.
O acordo substitui um arranjo feito antes dos Jogos Rio-2016 e que expiraria oficialmente em 31 de dezembro. O novo tem validade de cinco anos e compreende o Mundial de 2019 e os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.