Anunciado pelo presidente Sérgio Sette Câmara, logo que este assumiu o comando do clube, o ex-atacante participou da reunião ordinária do Conselho Deliberativo, realizada na noite da última segunda-feira, no Auditório Elias Kalil, na Sede de Lourdes. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente do Conselho, Rodolfo Gropen. O vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, também participou do evento.
“Voltar ao Atlético é uma honra que não consigo narrar. Joguei para mais de 100 mil pessoas que entoavam o grito de “Olê Marques” e esse grito era o meu combustível, o meu alimento, porque, para vestir essa camisa, o cara tem que sentir correr na sua veia. Quando cheguei ao Galo, eu já havia passado em Corinthians e Flamengo, mas foi aqui, com o apoio da Massa Atleticana, que minha carreira aconteceu. Sempre respeitei muito aquele torcedor humilde que estava na arquibancada ou na geral, sempre respeitei a história dessas pessoas que, muitas vezes, deixavam de comer um bife em casa para ir cantar o hino do Atlético no Mineirão. Quem vestiu essa camisa e se envolveu da forma que me envolvi, não tem preço. O Atlético faz parte da minha vida, da história da minha família. Hoje, posso falar com o coração cheio que é uma grande honra voltar ao clube para coordenar a base, uma responsabilidade gigante”, destacou o coordenador.
Marques afirmou que não imagina atleta vestindo a camisa do Galo se não gostar de envergar e escudo atleticano.
“Quem está no Atlético hoje, e isso quero que me cobrem, todos eles vão gostar do clube e de correr nos campos com a camisa do Atlético. Temos uma marca na base que é muito legal. Em todos os jogos, antes do início, depois da reza, que é um momento sempre muito forte no vestiário, os garotos cantam o hino do clube e isso mexe muito comigo. Nossa obrigação, hoje, é fazer com que eles se sintam mexidos com isso e joguem com mais amor, com muita raça e amor”, disse.
Um dos projetos apresentados foi a criação do departamento de análise de desempenho e de uma categoria de iniciação, ligada ao futsal.
“Acredito muito nesse projeto e diria que esse é o legado que queremos deixar, trazer novamente o futsal para o Atlético, de forma integrada com o futebol de campo”, comentou Marques.
Também presente à reunião, o gerente administrativo das categorias de base, Gustavo Cupertino, deu prosseguimento à apresentação, pontuando diversos aspectos, entre eles a atenção especial dispensada à captação de atletas, com uma rede de olheiros espalhada pelo Brasil. A proposta inclui, ainda, uma aproximação com as famílias dos jovens atletas. Somente nos últimos três meses, foram avaliados 118 atletas em todo o território nacional e 236 em seletivas na Cidade do Galo. Essa equipe de captação é capitaneada por ex-atletas do clube, como Valdir Benedito, Edgar e Hernani.
Outro projeto exposto foi o Galo Forte, um projeto de excelência técnica, que conta com a participação dos ex-jogadores Reinaldo, maior artilheiro da história do Galo, e Éverton. Além deles, Éder Aleixo realiza atividade semelhante na equipe profissional.
A responsabilidade social também orienta o trabalho nas categorias de base do Atlético, que observou jovens na Copa Morro Sabará e realizou amistosos contra equipes da Rocinha.
Publicado 20 de junho de 2018, às 14:58.