O Jusa Fonseca se tornou campeão Júnior do ano de 2016, uma tarefa dificultada na grande final pelo Fluminense de São José dos Salgados. Depois de um empate em 1 x 1 nos dois jogos das finais, nas cobranças de tiro livre da marca do pênalti, o Jusa teve 100% de aproveitamento e o Tricolor não teve a mesma sorte, desperdiçou duas cobranças e o título fica em Divinópolis. A partida foi realizada na manhã do último domingo, dia 11 de setembro, no Jusão.
A competição contou com quatro diferentes escolas da cidade. A Associação entrou com uma equipe de formação, com atletas bem novos, uma semente plantada por Abdala e que Sérgio cuida com muito esforço. O PEC, com tradição, força e pouca sorte, teve azar em alguns resultados e Amaury Reis continua o Projeto, que já é uma realidade dentro de Divinópolis. O Fluminense de Salgados, que foi um adversário difícil de ser batido, cresceu demais nas partidas finais e o vice-campeonato foi lamentado pela qualidade da equipe. O Jusa Fonseca mantém uma base sólida e esse detalhe rendeu o título.
Na partida final, o Fluminense entrou alucinante. Encarou o adversário, adiantou a marcação e forçou o erro do Jusa e desperdiçou uma grande chance logo no começo da partida. Manteve a marcação alta, não deixava o Jusa ficar com a bola. A soma de todas essas qualidades rendeu o primeiro gol. Foi um acúmulo de raça e técnica. Na roubada de bola, Iguinho recebeu entre os zagueiros, na saída do goleiro, de cabeça, deu um chapeuzinho, completado com um chute de direita para estufar as redes e marcar o primeiro gol do jogo. O jogo ficou muito truncado e até mesmo com algumas jogadas mais fortes. No final do primeiro tempo, Mateus Deodato enfiou a bola no meio, rasgando a marcação do Fluminense. Danilo tocou para Leo Roque, que desperdiçou o gol mais feito do jogo.
No segundo tempo, o Jusa estava mais estruturado psicologicamente, conseguiu o empate. Léo Amaral colocou a bola na área, a defesa do Fluminense afastou, mas houve a recuperação e o cruzamento para Leo Roque, de cabeça, fazer o gol de empate. No momento, houve uma reclamação do Tricolor, mas, pelo vídeo, é possível afirmar a legitimidade de todo o lance. A partir desse momento, as chances foram para os dois lados. Especialmente em cobranças de faltas, em uma delas, acertou o poste, à direita do goleiro Diego. Houve momentos de pressão do Jusa e também do Fluminense. Final: novo empate e a decisão nos tiros livres da marca do pênalti.
Logo na primeira cobrança, o atleta do Fluminense jogou para fora. Pelo Jusa, 100% de aproveitamento, o goleiro Tevinho esteve próximo de defender a cobrança de Gustavo Fiori, mas nova penalidade desperdiçada pelo Fluminense e Gelson fez o gol do título.
O treinador Acerola, da equipe do Jusa Fonseca, garante que irá manter a equipe para o Amador.
“O trabalho foi bem feito e deu resultado, só não esperava ser tão sofrido e isso nos faz valorizar ainda mais. Tem de ressaltar a qualidade e vontade do time deles, tiveram muita vontade sempre”, falou e sobre ter saído atrás no marcador, o treinador disse ter sido tranquilizado pelo próprio time.
“O coração dispara, a pressão sobe, mas os meninos são bons e eles me tranquilizam e mantemos o time para o Amador e Júnior do ano que vem”, ressaltou.
O atleta Gelson considerou a experiência em momentos decisivos.
“Temos um grupo qualificado e, para esse jogo, não se podia mudar a estrutura do time, mas no final me deram a oportunidade e, graças a Deus, pude converter um pênalti. No momento passa pela cabeça da gente um pouco da história, os pênaltis já perdidos e convertidos, graças ao Bom Jesus, pude converter, sair para o abraço e ser campeão. Dentro de casa é totalmente diferente e até estávamos com a cabeça fora de campo, mas depois tudo se tranquilizou e pude transmitir alguma coisa para eles e quero ficar no time. Grupo muito bom e me abraçou”, declarou.
Definir o poder de uma vitória não é fácil e, na fala de Gelson, isso ficou mais claro. Na qualidade, vontade e físico, as duas equipes são iguais, isso provado em números. Foram quatro jogos entre as equipes, dois empates e uma vitória para cada lado. O detalhe da tranquilidade na hora das cobranças de penalidades vem de experiências anteriores. O Jusa esteve e está em outras competições, isso deu aos atletas uma vivência maior, uma rodagem. Aproveitou-se atletas formados em várias escolas de futebol de Divinópolis para se chegar ao elenco vencedor. Entre eles, Léo Amaral, que se encaixou perfeitamente ao time.
O Fluminense chorou a derrota. Esse choro foi de desabafo, por tamanha dedicação e por saberem que são capacitados ao título. Na fase de classificação, perderam para o Jusa, em Salgados, por 4 x 0. Depois vieram no Jusão e ganharam de 3 x 2. Deu forças, o time cresceu.
Na grande final, era uma equipe altamente em condições de ser campeã. Fez uma apresentação muito boa, insistência nesta equipe, preparando eles em conjunto, este elenco é poderoso. Entre eles, Ytallo, que também se encaixou perfeitamente no time, que já tem Iguinho, tradicional na equipe e mostrou uma vontade descomunal na grande decisão.
A lamentar apenas a pouca quantidade de jogos. Partidas bem jogadas, com equipes respeitando-se mutuamente, mas, ao mesmo tempo, impondo raça. São raras de serem vistas, e essa foi uma delas