A trajetória das mulheres na história é uma sucessão de quebras de barreiras, superação de obstáculos e conquista de espaços. No esporte, isso não poderia ser diferente, pois atletas provam constantemente o quanto são capazes de fazer o que tantos duvidam. Como escalar o Monte Kilimanjaro e jogar a partida mais alta da história do futebol em nome da igualdade de gêneros.
É justamente isso que jogadoras de 18 a 66 anos, de 20 nacionalidades farão no final deste mês de junho. O grupo, que conta com a presença de nomes como Lori Lindsey (ex-seleção dos EUA), Rachel Unitt (ex-meio-campista da Inglaterra), Petra Landers (ex-jogadora da Alemanha) e Monica Gonzalez (ex-capitã do México), passará de seis a dez dias escalando até o ponto mais alto da África, no norte da Tanzânia, 5891 metros acima do nível do mar. Depois disso, descerão a 5.729 m e jogarão uma partida de 90 minutos em solo vulcânico coberto de neve, a uma altitude nunca encarada antes.
A escalada começou na última quinta-feira e o jogo acontece no dia 24 ou 25 de junho, a depender das condições do tempo. O desafio não será dos mais fáceis, pois a altitude é um fator que influencia muito na performance de atletas. Mas isso não assusta, por exemplo, Lori Lindsey, que disputou a Copa do Mundo de 2011 e os Jogos Olímpicos de Londres-2012 pelos EUA, não fez nenhuma preparação especial para essa partida.
Para ela, o mais importante é provar através dessa partida histórica e desafiadora que as mulheres tem capacidade de superar qualquer desafio e, dessa forma, servir de exemplo para a nova geração de garotas e inspirá-las romper barreiras, não importa o quão intensas – ou altas – sejam.