Guilherme Cruz, superintendente da Raposa, vê maior aproximação dos garotos com o elenco profissional como passo importante para o crescimento dos novos jogadores
Assim como a categoria profissional, a base do Cruzeiro também vem sofrendo mudanças em sua administração. Guilherme Cruz assumiu a superintendência da base e vem, aos poucos, realizando algumas modificações. Uma delas foi a chegada de Quintiliano Lemos para o cargo de diretor da base. Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, Guilherme ainda explicou outros planos da nova gestão.
A ideia do superintendente, juntamente com a diretoria do profissional, é promover uma transição daqueles que estão na base e irão ser aproveitados no profissional.
- A categoria de base do Cruzeiro, ela está sendo reforçada. Estamos fazendo um trabalho em conjunto com o time profissional, no sentido de fazer uma transferência entre base, o sub-20, e o profissional de uma forma mais natural, mais agregada. Antes, nós tínhamos uma base totalmente diferenciada do profissional. De forma que possamos fazer a formação de vários jogadores para servir ao profissional. Acho que o profissional tem que estar bem servido de jogadores da base. Esse é o nosso foco. Isso tudo associado a títulos, a disputa de campeonatos importantes, como a Libertadores (sub-20), que vamos disputar.
O processo de aproximação começa já nesta segunda-feira, quando o sub-20, de acordo com Guilherme Cruz, vai treinar com o elenco profissional.
- Na segunda-feira devemos fazer um treino com o profissional, com os atletas que não participaram do clássico com o América. E nós vamos qualificar dia a dia a nossa base, independentemente das competições. O Cruzeiro nunca estará de portas fechadas.
O plano de aproximação e visibilidade maior da base também engloba a torcida. Um dos planos de Guilherme Cruz é levar partidas das categorias de base para partidas de fundo do profissional, o que também ajudará os jovens atletas a estarem acostumados com jogos com grandes públicos.
- Natural é fazermos alguns treinos, coletivos com o time profissional, que não sejam o profissional ou efetivo, mas que sejam com aqueles que não participaram de algum jogo, por exemplo. Fazer coletivo e, dentro da possibilidade, fazer preliminares para que a juventude tenha acesso, tenha conhecimento junto a grandes públicos, grandes plateias. E, em contrapartida, o torcedor consiga observar melhor os nossos trabalhos. A gente tem a base, o Sub-20, acompanhado só nas grandes finais, como foi na Brasileiro e na Supercopa, quando vencemos o Atlético. Mas seria interessante trazer a base mais próxima do torcedor, mais próxima ao clube, e isso a gente trata como algo natural.
Assim como já havia adiantado anteriormente, a diretoria do Cruzeiro planeja ceder seis jogadores, toda temporada, para o profissional. Um dos exemplos é a base flamenguista.
- A base, até foi demonstrado entre outros programas de outros clubes, até o próprio Flamengo tem feito um investimento muito grande. Nós temos um compromisso com o nosso vice-presidente de futebol e com o nosso presidente, de fazer a valorização da base como ela merece. Nós precisamos sim, formar, pelo menos, seis jogadores por ano para fornecer ao profissional do Cruzeiro.