Melhorar o desempenho educacional e os resultados dos atletas das categorias de base: este é o objetivo principal do Projeto de Intervenção Pedagógica, criado por Alexandre Rosa, novo pedagogo do Cruzeiro Esporte Clube.
Professor graduado em pedagogia, com pós-graduação em psicopedagogia clínica e educacional, pós-graduado em gestão educacional com especialização em inspeção de ensino e mestrando, Alexandre Rosa é a nova contratação da base celeste. O profissional chega para trabalhar em conjunto com os professores da escola instalada na Toca da Raposa 1, em parceria com o Colégio Rui Barbosa.
“Meu trabalho aqui será para alinhar a escola junto à filosofia do Cruzeiro. Fazer com que o colégio atenda às necessidades dos nossos alunos, respeitando suas viagens, horários de treinamentos, etc. para que ambos possam chegar ao final com grande êxito”, disse.
Para desenvolver um trabalho de maior qualidade, Alexandre trabalhará de maneira multidisciplinar com a psicóloga Camila Valicente e com a assistente social Heloísa Verçosa.
“Em contato com a nossa assistente social e a nossa psicóloga mostrei que o êxito do meu trabalho também está ligado ao trabalho delas. As intervenções não serão somente no campo da pedagogia. Preciso que esta pirâmide de três vértices caminhe junto. Então, o serviço social me traz as informações de quem é esse aluno e de onde veio, enquanto que psicologia trabalhará, diretamente com a psicopedagogia, a questão da saudade da família, entre outras coisas”, explicou.
“Nosso objetivo central aqui é ter atletas capazes de lidar com qualquer tipo de dificuldade emocional dentro do campo e também educacional, de uma forma que ele entenda seu técnico e possa decidir. A educação vem para apoiar e manter o alinhamento com o atleta”, completou.
Pensando no futuro
Todo atleta que atua nas categorias de base sonha em um dia chegar ao futebol profissional, jogar em um grande clube e se tornar um ídolo, mas somente poucos conseguem chegar lá. Por isso, é preciso ter um plano B, estar preparado para ter outra profissão no futuro.
“Esses atletas têm acesso a todo conteúdo de uma escola regular, com aulas de português, matemática, entre outras. O diferencial é que mesmo viajando para as competições ou com outra atividade que os impeça de comparecer à escola, a matéria e o conteúdo irão até ele. Esta é minha função, pegar todas essas informações e dar a garantia de educação formal de continuidade para que, se amanhã, devido a uma lesão ou uma dispensa, o futebol acabar para esse aluno, a vida tenha outros objetivos. Foi-se o tempo em que o jogador de futebol não tinha tempo de estudar. Hoje ele consegue trabalhar e manter uma excelente linha de estudo pedagógico”, finalizou.