TEXTOP FBB! - O mais importante disso tudo é a "regulamentação de funcionamento." - Esta regulamentação poderá significar a salvação do futebol amador de BH ou até sua extinção...
Abaixo após as nossas colocações, você lerá texto sobre LEI que poderá ajudar a levantar o futebol amador ou joga-lo no fundo do inferno (este ultimo local, bem sonhando por muitos que odeiam o futebol amador).
Na época procuramos o vereador autor do projeto, de inicio fomos bem atendidos pelos representantes do gabinete do mesmo, mas quando notaram que conhecíamos um pouquinho de futebol amador, começaram a ficar mais preocupados, enfim... nossa duvida era com relação ao nome do projeto que envolvia a palavra "adoção".
Na nossa visão os campos de várzea não precisam ser ADOTADOS, precisam é que as verbas direcionadas ao esporte cheguem a ponta da maior classe social-esportiva do estado que é o futebol amador. Além disso os campos de várzea de BH e clubes precisam de alguém que os AJUDE e não de adoção. Pode ser que alguém "adote" o campo e acabe com aquela pelada que acontece no campo por mais de 40 anos ou pode ser que alguém ADOTE o campo e traga, por exemplo, grama sintética...
Mas o mais importante disso tudo é a frase abaixo:
"Para que o programa entre em vigor, ainda é preciso estabelecer uma regulamentação de funcionamento."
Isto aí que estamos esperando da Prefeitura, ou melhor, da Secretaria de Esportes de BH - Queremos saber como será a participação dos DONOS dos campos que são os clubes e COMUNIDADE - os campos só estão/foram construídos em terrenos das PBH - mas pertencem aos times que tem cuidado dos mesmos por mais de 50 anos (em alguns casos mais de 80 anos).
Vamos aguardar, ficar cabreiros e desde já fica o aviso: Se o futebol amador "entregar a paçoca", depois não adianta chorar.
Fiquem com o TEXTO extraído do portal www.otempo.com.br
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Medida prevê que empresas e pessoas físicas possam fazer a manutenção dos locais, mas ainda é preciso regulamentar funcionamento do programa
Empresas e pessoas físicas vão poder “adotar” campos de várzea, praças com academia a céu aberto e outros espaços esportivos de Belo Horizonte para tratar diretamente da manutenção desses locais. É o que prevê a Lei 11.245/2020, de autoria do vereador Irlan Melo (PR), que foi sancionada e publicada ontem, no Diário Oficial do Município (DOM), pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD). Para as empresas que participarem do programa há uma contrapartida: a possibilidade de afixar publicidade nos locais, respeitando as regras estabelecidas na lei. Para que o programa entre em vigor, ainda é preciso estabelecer uma regulamentação de funcionamento.
A possível parceria pode gerar um alívio para os cofres de Belo Horizonte e permitir que qualquer pessoa ou empresa invista na preservação dos espaços esportivos, incentivando a prática de esportes, principalmente entre a população mais carente. “A ideia do projeto é permitir que a empresa adote o campo do bairro em que ela está, e, em contrapartida, vai fazer uma propaganda no campo da atuação dela. É possibilitar o particular de investir em um equipamento público, para que dê um alívio para a prefeitura. Porque ela não consegue manter todos esses equipamentos. O que mais a gente vê são campos abandonados, praças de esportes abandonadas também”, explicou o vereador Irlan Melo (PR).
No caso dos campos, a lei prevê que as publicidades podem ser afixadas, desde que não atrapalhem a visão da torcida. O texto também prevê que as praças com equipamentos de exercícios físicos sejam contempladas.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a capital tem 109 campos de futebol, 155 quadras para modalidades diversas, oito ginásios poliesportivos e 425 academias a céu abeto. Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, os recursos destinados à Secretaria Municipal de Esporte e Lazer totalizam R$ 38,7 milhões.
Uma ajuda e tanto
No bairro Betânia, região Oeste de Belo Horizonte, o professor da escolinha Indianápolis, Carlos Roberto Silva, 65, o índio, tinha 120 alunos nas aulas, antes da pandemia de coronavírus, no campo Estrela do Oriente, dentro do Parque Municipal Jacques Cousteau. Orgulhosamente, ele diz que, apesar das dificuldades, a escolinha já revelou diversos craques, inclusive o ex-jogador Bernard, ex-Atlético e hoje no Everton, na Inglaterra.
Índio comemora a nova lei, que permite a adoção do espaço por empresas ou pessoas físicas. “A gente cuida do vestiário, esporadicamente faz uma pintura, remendamos uma tela ou outra, na época de chuva precisamos ficar puxando água com enxada ou rodo para poder treinar. Então é uma iniciativa legal demais. A escolinha tem 27 anos e nós já passamos por seis espaços. Esse é o que estamos há mais tempo”, disse o professor.
A manutenção básica do campo, como retirada de ervas daninhas, é feita pelos próprios funcionários. “Muitas vezes com recursos nossos ou arrecadados junto aos pais dos alunos”, diz Índio.
Mutirão
A situação não é diferente do Estádio Dona Adelina Castro Marques, no bairro Vila Patrocínio, próximo ao Cabana do Pai Tomás, também na região Oeste. No local, 186 alunos de 5 a 16 anos participavam, até março, das atividades. Fundador da União dos Clubes Amadores, Adilson Tie explica que a manutenção é feita por meio de mutirão dos moradores.
“A mão de obra e o pagamento da manutenção ficam por conta da comunidade. Nós temos problema estruturais. Temos uma valeta aberta em volta do campo. Uma pessoa está correndo e pode cair lá dentro. É laje vazando, telhado caindo, é fiação exposta que coloca em risco a segurança das crianças. Sem a manutenção prevista, há um risco danado.”