Em um mês, uma seleção de tetracampeões, com grandes chances de conquistar a Copa do Mundo pela quinta vez, deveria embarcar para o Mundial do México, na cidade de Culiacán. A viagem, porém, pode não acontecer.
No segundo semestre, a seleção brasileira de amputados perdeu patrocinadores e o dinheiro que garantiria a participação nos campos mexicanos ficou em xeque. Agora, os atletas tem pouco menos de um mês para encontrar uma solução para o problema: o voo para a América do Norte está marcado para 28 de outubro.
São necessários cerca de R$ 39 mil para garantir a viagem de 16 pessoas, entre atletas e comissão técnica. Para uma modalidade que está fora do calendário olímpico e não tem apoios oficiais (como verba do Comitê Paraolímpico), é uma quantia significativa.
O futebol de amputados foi criado em 1987, nos EUA. Em menos de 30 anos, tem campeonatos em todos os continentes e 25 países têm seleções disputando torneios. Os pré-requisitos para virar um esporte olímpicos já foram atingidos. Resta, apenas, esperar o reconhecimento dos órgãos competentes – para o Rio-2016, por exemplo, futebol só deve ser disputado entre cegos.
No Brasil, a modalidade surgiu dois anos depois. Ainda não é muito popular, são apenas 15 times disputando o Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, o time tem grandes resultados. Além dos quatro títulos mundiais, a seleção também é bicampeã da Copa América.
Além dos resultados, a seleção brasileira de amputados tem também muitas histórias para contar. Um dos jogadores mais atuantes, Rogérinho Almeida, tem histórias muito engraçadas sobre como ele lida com a sua mobilidade reduzida – ele nasceu com uma má formação congênita e não tem a perna esquerda. Você pode ler um pouco sobre Rogerinho E William, dois dos jogadores que podem ir para o Mundial, aqui: Atleta da seleção tetracampeã de futebol só lembra que é amputado no ônibus
E, se quiser ajudar, é só entrar em contato com o Rogerinho: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou em seu perfil no Facebook (https://www.facebook.com/rogeriosmelmogi).
Por Bruno Doro