Leia o texto abaixo (fonte câmara dos vereadores de BH), mas antes fica a dica do FBB!:
Além da conscientização da necessidade de "zelar pela integridade moral dos eventos e apostas lícitas", sugerimos a criação de um fundo cultural/social de ajuda aos clubes/campos do futebol amador/várzea visando a manutenção dos mesmos... culturalmente, socialmente e esportivamente FC... "%%% FC"
Com todo respeito aos clubes profissionais que já tem fontes de recursos (a principal delas é a venda de ingressos pois sem torcida não existe exito EC), chegou a hora do futebol amador/várzea ter o seu "plano de apoio" ou melhor "política pública".
Fica a dica...
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FONTE - www.cmbh.mg.gov.br
Ligações de bets com clubes, estádios e federações em debate nesta quarta (1º)
Pauta inclui a responsabilidade social dos envolvidos no aumento do vício em apostas, que impacta cada vez mais famílias de BH

A crescente publicidade das chamadas bets em estádios, clubes e federações, e até mesmo dando nome a campeonatos, transformou essas casas de apostas virtuais em um dos principais financiadores do esporte nacional. Atualmente, elas mantêm contratos com todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol, em 90% deles como patrocinador master, em destaque na camisa. Por outro lado, a ludopatia – vício em apostas – vem aumentando significativamente, afetando patrimônios e relações familiares. Para debater essa questão, a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo da Câmara de BH reunirá representantes das bets e gestores de clubes, estádios e federações esportivas nesta quarta-feira (1º/10), a partir das 9h15, no Plenário Helvécio Arantes. Requerido por Wagner Ferreira (PV), o encontro pode ser acompanhado presencialmente ou de forma remota, pelo portal ou canal da CMBH no YouTube.
Atualmente, o futebol representa um dos principais meios de propagação das casas de apostas online, exatamente por ser a modalidade esportiva mais enraizada na cultura brasileira. Em razão dessa popularidade, as bets investem valores expressivos para divulgar suas marcas em estádios, arenas, nas camisas dos times e até mesmo associadas ao torneio como um todo – este ano, os principais campeonatos do país foram denominados oficialmente “Brasileirão Betano” e "Copa Betano do Brasil”. Diante desse fato, a audiência também deve abordar os impactos financeiros com uma possível restrição de publicidade.
Wagner Ferreira é autor do Projeto de Lei (Pl) 362/2025, que proíbe a assinatura de contratos entre a administração municipal e empresas do gênero. A justificativa da proposta aponta que, segundo pesquisas, 24 milhões de pessoas apostaram em apenas um mês de 2024, um total de R$ 20,8 bilhões; destas, 5 milhões seriam beneficiárias do Bolsa Família. Os setores de comércio, serviços e turismo deixaram de faturar R$ 103 bilhões ao longo do ano; 13% dos apostadores deixaram de pagar contas para apostar; e 34% dos jovens entrevistados adiaram o início de em curso superior em razão de gastos com apostas virtuais.
Influenciadores
Diversos estudos apontam que jovens, torcedores e fãs, justamente o público mais fiel e engajado com clubes de futebol e influenciadores – muitos deles também patrocinados por bets – são os mais atingidos pelos impactos emocionais, sociais e financeiros do vício. Considerando que os principais clubes e arenas da capital mineira têm contratos com empresas do setor, esse cenário exige uma reflexão sobre a responsabilidade desses atores perante a sociedade, pois desempenham papel central na formação de valores, comportamentos e referências para milhões de pessoas.
“Não se pode ignorar que cada contrato de patrocínio, cada ação de marketing ou cada menção publicitária em redes sociais tem o potencial de estimular práticas que podem levar ao adoecimento de seus próprios fãs e admiradores. Nesse contexto, impõe-se uma reflexão coletiva sobre os limites éticos da publicidade institucional e da monetização da influência, de modo a equilibrar os interesses financeiros legítimos dos clubes e influenciadores com o dever de cuidado perante a coletividade que os consagra e sustenta”, alerta Wagner Ferreira.
Segundo o vereador, diante desse cenário, “é imperiosa” a atuação desta comissão temática, como espaço institucional plural e democrático, contribuindo para articular interesses esportivos, econômicos, sociais e de saúde pública, convocando os principais entes envolvidos e a Secretaria Municipal de Esportes para análise crítica e elaboração de possíveis diretrizes.
Participantes
A lista de convidados para a audiência pública inclui gestores dos clubes América, Atlético e Cruzeiro, dos três estádios da capital (Arena Independência, Arena MRV e Mineirão) e do Minas Tênis Clube. Também foram chamados representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e das Federações Mineiras de Futebol (FMF) e de Vôlei (FMV); além de influenciadores de BH patrocinados por casa de apostas online.
Superintendência de Comunicação Institucional