O futebol amador é feito de casos, acasos, companheirismo, persistência e um amor inexplicável pelo esporte. Por isso, a história do primeiro título de Ouro Preto da Supercopa Inconfidentes e Vale do Piranga passa por todos esses tópicos, pois em Ponte Nova, o Peñarol conseguiu segurar a torcida apaixonada e um time agressivo do Primeiro de Maio. E mesmo com um jogo sem gols, a emoção se fez presente do começo ao fim. Nem mesmo a final da Champions League conseguiu dividir a atenção com esse embate memorável.
A “Macucada”, como é conhecida a torcida do time mandante, transformou o começo do jogo em um acontecimento. Cantando a plenos pulmões desde o pré-jogo e com show de fogos, a intenção era criar um ambiente hostil para o Penha, que venceu o primeiro duelo no Campo da Barra por 1 a 0. Por mais um jogo, a Macucada precisava ser o 12º jogador da Sociedade Esportiva Primeiro de Maio. Era preciso transformar gritos em passes, palmas em chutes, vaias em desarmes e cânticos em chances de gol.